quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Histórias à Solta na Minha Rua - António Torrado


Uma História À Solta Na Minha Rua

É uma história sobre uma rua diferente de todas as outras. Pois, todos os dias acontece alguma coisa.
Para saber o que se passa nesta rua, basta estar atento e de olhos bem abertos a tudo o que se passa.
Um dia, nesta rua, quando regressava a casa, o narrador ficou muito admirado por ver o carro dos bombeiros e uma escada até ao terceiro andar, onde morava. Perguntou ao bombeiro o que se passava, se havia fogo. Este respondeu-lhe:
- Não senhor. Macaco.
O narrador ficou muito ofendido. Até pensou ir, novamente, falar com o bombeiro, mas entretanto, foi informado por um garoto que por ali andava a fazer recados, que o macaco da Dª Esmeralda tinha subido para o telhado e não conseguiam retirá-lo.
Escureceu e o macaco acabou por ficar no telhado, porque de noite ninguém conseguia ver para o retirar.
O narrador durante a noite sonhou com macacos, bombeiros, com a Dª Esmeralda e com a escada de incêndio.
Quando a meio da noite acordou, reparou que o seu leite tinha desaparecido, ficou confuso e pensou que o tinha bebido, mesmo a dormir. Foi então, que viu o macaco no seu quarto, tentou entretê-lo até o dia seguinte.
De manhã, foi ter com a Dª Esmeralda e informou-a que o macaco estava em sua casa.
A Dª Esmeralda não quis o macaco, pois disse que dava muito trabalho e despesa.
O narrador ficou sem saber o que fazer, telefonou para o Jardim Zoológico e de lá responderam que já tinham muitos macacos e que não queriam mais nenhum.
A única solução que o narrador encontrou, foi dizer que este macaco era muito especial, pois ele ia escrever um livro em que o macaco era a personagem principal.
E assim, conseguiu que o Jardim Zoológico ficasse com ele.

Fu Chow, A Princesa das Pulgas
Um senhor costumava ler o jornal ao seu cão, todas as tardes, em voz alta, mas só lia um bocado da notícia que escolhia, pelo título que achava importante.
Enquanto lia, notou que o seu cão, apesar de pouco sair à rua, estava muito bem informado, pois deu-lhe a notícia de que a pulga Fu Chow estava em Portugal e que vivia na orelha de um outro cão. Informou-o que se ele a quisesse, o cão fox-terrier lha dava em troca, por dez quilos de ossos.
No dia seguinte, o senhor foi ao talho comprou os ossos e trouxe a Fu Chow para casa. Ficou a saber que ela tinha abandonado a vida artística e tinha viajado de cão, pois era assim que se deslocava sempre.
A partir desse dia, o senhor começou a ver o seu cão sempre muito agitado, de um lado para o outro.
A pulga Fu Chow viajava no seu cão para todo o lado, juntamente com as outras pulgas. O cão queixava-se muito e não tomava banho, porque a Fu Chow não queria.
Então, o senhor decidiu tomar providências. Numa manhã, quando foram passear, sem que eles o vissem, pulverizou com insecticida o seu cão.
O cão olhou-o agradecido porque a pulga Fu Chow tinha partido. Mas, não é que o senhor começou a sentir comichão? Teve que chegar a casa e tomar um banho quente.
A Rã Felisbela
O Grilo Grilarim Cantarola no Jardim
Nove Vezes Nove? Oitenta e Um, Sete Macacos E Tu És Um

Um macaco pôs-se a ler um livro como faziam as pessoas. Alisava as letras com a mão e limpava o pó entre as linhas.
Quando abriu o livro, achou que devia ser engraçado ler. Começou a olhar para as páginas, mas não fazia a mínima ideia o que estava escrito.
O macaco intrigado começou a investigar. Virou o livro ao contrário, mudou de folha, e as paginas abertas do livro, nada lhe diziam.
O macaco, já farto, debruçou-se sobre o livro. Fazia o pino e nada. Não conseguia entender nada.
Lá, tentou outra vez. Depois de várias tentativas, chorou. As letras bailaram e quase se afogaram nos olhos do macaco.
O cágado disse-lhe para não chorar, porque o choro magoa a vista e com a vista magoada mais difícil era ler.
Um pirilampo acendeu-se nos olhos do macaco e acharam que ele devia ir ao oftalmologista.
O oftalmologista mandou-o ler, mas o macaco não lia, por isso deu-lhe uma receita e mandou-o ir ter com a Dona Madalena Paciente.
A receita dizia que lhe enviava um aluno que não era burro, era somente um macaco. E assim, o macaco foi para a escola.
Começou a usar bata apesar de não ser doutor.
No recreio, saltava à corda e jogava ao jogo da macaca como ninguém.
Na aula, estava atento, pois queria aprender. Já, lia banana e lambia os beiços de satisfeito.

Os Bichanos Também São Manhosos
Benjamin Ferreira e Temer Nassar (6ºA 2009-10)

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