Século XXVII na cidade de Alcochete
No século vinte e sete, em Alcochete, vivia um Senhor que vendia sabonete cujo nome era Roquete.
Alcochete era uma linda cidade, tinha prédios com mil andares e fábricas aos milhares, um jardim com árvores a fingir e flores de plástico, uma rampa de foguetões e outras diversões.
Só havia um senão, em Alcochete… era um horrível pivete que subia o rio Tejo, criado pelo maior cano de esgoto da Península, e subia uma enorme nuvem de fumo das chaminés industriais.
O Sr. Roquete fartava-se de vender sabonete!
Limão para o alcatrão.
Ananás para a aguarrás.
Manjerico para o penico…
O Sr. Roquete ficou rico com o dinheiro dos sabonetes e comprou um prédio para viver, um carro para andar e um foguetão.
O prédio ficava num bairro rico.
Farto da escuridão e da poluição, enfiou-se no carro para dar uma volta, mas o trânsito era tão grande que levou 2 dias a percorrer as avenidas centrais onde finalmente estacionou.
Zangado, foi para o foguetão, queria ir para outro mundo.
Com tanto fumo não viu nada, com sorte não bateu, continuou e passado um bocado, o Sr. Roquete olhou e viu um planeta onde estacionou. o ar era fresco e respirável.
Ele construiu aí uma cabana, semeou uma horta, plantou um pomar. Sentia-se feliz.
Mais tarde… viu outro foguetão chegar, era um homem que fugiu da terra.
Um mês depois, e aquele mundo novo já estava cheio. Começaram as escavações. O novo mundo alastrava-se.
No paraíso, começaram a deitar abaixo os primeiros limoeiros para fazer prédios.
Até que um dia, a nuvem de fumo atingiu as casas.
Então o Sr. Roquete foi para o foguetão acelerou muito e viu um lindo planeta.
Desceu numa velha pista, olhou em volta e viu que estava na cidade de Alcochete. E assim, viveu o Sr. Roquete muito feliz com os seus sabonetes.
Mara Resende (6º A 2009-10)