quinta-feira, 9 de junho de 2011

A Fada Palavrinha e o Gigante das Bibliotecas - Luísa Ducla Soares


Era uma vez, um rei que era muito rico. Ele tinha a sua fortuna guardada num cofre e se não lhe desse utilidade esta podia chamar ladrão. 
Ao serão, o rei perguntou o que devia fazer com a riqueza que tinha. 
A rainha disse logo que o rei lhe podia comprar um palácio com dez torres. 
A sua filha disse-lhe que queria mil metros de sedas para levar à costureira. 
O seu filho disse que queria um batalhão, porque gostava de combater. 
O rei não concordou com nenhuma das ideias. Fez um grande edifício, forrou-o com estantes e mandou vir imensos livros. 
Vieram livros de barco, de cavalo, de camelo, das terras quentes e das terras frias. 
A sua família falava com ele mas ele não lhes queria dar ouvidos. 
Na Biblioteca ganhou sabedoria. E, o povo todo quis aprender a ler. 
Mas o pior, foi que as traças entraram na Biblioteca e disseram que iam comer os livros. 
O rei ao ver aquilo, mandou vir vinte soldados armados. Mas, nem isso, as matou. Eles dispararam e nenhuma bala acertou nas traças. 
Então, o rei mandou vir sete sábios que fizeram um inseticida. Mas, também não as mataram. 
Quando a noite desceu, apareceu um Gigante com longas asas. Vinha de uma gruta distante. 
O Gigante era um morcego. Veio pedir emprego ao rei. Foi contratado para comer as traças. 
O Gigante comeu os bichos todos que havia em cada estante. 
Pensava que tinha comido todas as traças, quando viu uma borboleta. 
Então, o morcego perguntou-lhe o que ela estava a fazer ali. Ela respondeu-lhe que morava ali. 
O morcego levou a borboleta ao rei e pediu-lhe para ele a deixar lá ficar a ajudar. 
Com a fada e o gigante juntos nunca mais nenhum insecto pousou ali. 
E toda a gente ficou feliz. 
Gonçalo Alexandre (5.º B 2010-11)